sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A elite Gulbenkian

Morei perto da Fundação Gulbenkian e frequentei durante anos os concertos e o parque, onde se estudava maravilhosamente junto aos lagos, nas escadarias ou na esplanada. Era um local privilegiado em Lisboa, onde não abundavam os jardins cuidados. Estar ali é como, hoje em dia passear por Serralves ( muito mais amplo), mesmo no centro da capital.


Assistir aos concertos era uma experiência engraçada, pois muitos dos frequentadores - sobretudo as madamas  dos auditórios só lá iam para se mostrar - nessa altura ainda não havia festas do Jet7, nem as piroseiras que hoje abundam pelo nosso país.

Concertos só havia no Coliseu, Tivoli , Aula Magna e pouco mais. Mas a "fauna" da Gulbenkian era muito fineca, gente intelectualmente superior ( ou que se julgava a si mesma como tal), os casacos de pele, os penteados produzidos e a snobeira imperavam. Daí nunca ter gostado muito das temporadas da Gulbenkian em termos sociais e preferir os concertos do povo no Coliseu.

Hoje comprei o Publico, que traz uma páginas dedicadas aos 50 anos da Fundação. O programa musical deste Outono é a créme de la créme. Só pianistas, vêm cá cinco dos mais famosos do sec XXI, desde Sokolov até Kissin , passando por  Luganski e Gabriela Montero, que faz furor neste momento....

Os lisboetas tê-na toda. Os milhões de Calouste Gulbenkian não passam do aeroporto da Portela, o resto do país é paisagem.

Para a CdM poder apresentar artistas deste gabarito é preciso que os mecenas todos do Norte colaborem e sabemos como está a crise e os cortes na cultura. Daí uma programação pobrezinha e que, quando é boa,  se esgota antes de ser anunciado o concerto.

Será justo que só em Lisboa haja cinco ou seis concertos de tôpo só neste Outubro e que o resto do país fique a ver o Mezzo?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O ciberespaço

Tenho andado a fazer pesquisas na Internet para o meu projecto do 10º ano - os alunos recebem um elemento extra manual, que é uma compilação de textos, artigos e filmes  didactizados para que aprendam a ler/ver extensivamente, ou seja, algo com princípio, meio e fim.

Sabemos que muitos adolescentes não lêem nada, mesmo em português, o que torna mais difícil motivá-los a ler numa língua estrangeira.

E, contudo, ela move-se....disse Galileu sobre o movimento de translação da Terra. Poderíamos dizer o mesmo em relação à Internet. Podemos fechar os olhos e nada ver, mas o ciberespaço existe e tudo se move a uma velocidade vertiginosa.

Diria que a Internet é a maior biblioteca do mundo, acessível a todos os que possuem um PC e banda larga em casa ou na escola. Acrescentaria que grande parte do material é escrito em inglês, a língua mais falada no ciberespaço.

Ando, para já,  a fazer buscas nos sites dedicados a revistas online, encontrando as mais diversas publicações para os mais diversos públicos, desde  crianças até adultos, famílias, adolescentes, artistas, fotógrafos, desportistas etc.
Os temas são às centenas e é só clicar para vermos no ecran n artigos de não-ficção, contos e short stories, entrevistas com autores, críticas de filmes e livros, concursos de poemas, apelos à escrita criativa, um nunca acabar de ofertas, que seriam ignoradas se não existisse esta magia na NET.

A minha filha encontrou um conto muito interessante que gostaria de didactizar; escreveu uma mensagem ao seu autor e pediu-lhe permissão de publicação da sua obra, o que seria impensável há anos atrás.
Com o avanço das tecnologias na sala de aula, também se torna possível didactizar filmes diversos sobre os tópicos do programa, tornando-os objecto de estudo e aprendizagem da língua inglesa. E se existir livro+filme, maior é o interesse dos alunos na leitura do livro ou conto.

Sinto-me extremamente feliz por poder trabalhar em algo que gosto com pessoas igualmente motivadas. Há mais de vinte anos que uso a Internet. Sei o que representou para mim fazer um manual para o 12º ano já com acesso a sites que se tornaram preciosos. Fazer um manual tornou-se algo mágico e apelativo.



Bendita teia ( web) em que nos perdemos por vezes...

domingo, 9 de setembro de 2012

melancolia

É o título deste quadro que pintei, ontem e hoje.

Traduz o meu estado de espírito. Tal qual.

Nada a acrescentar.