sexta-feira, 6 de julho de 2012

Os portões do Campo Alegre

O Campo Alegre era uma zona de grandes quintas e mansões no sec.XIX. Aqui viviam famílias abastadas, muitas delas relacionadas com o comércio do Vinho do Porto, estrangeirados, mas já com raízes fundas na cidade do Porto, toda ela virada para a indústria e com vida própria e cultura muito sua.

Já pouco resta do glamour desses tempos.
Na Rua do Campo Alegre, na zona onde moro, ainda há algumas vivendas tipo mansão que pertencem à Universidade do Porto, a antiga FLUP, que agora é a FCUP,  rodeada por um jardim lindissimo, que ninguém aprecia assim muito, o Círculo Universitário, onde se almoça maravilhosamente por pouco dinheiro e o Jardim Botânico que é pertença da FCUP.

 Os portões destas mansões eram todos trabalhados em ferro forjado , pintados de verde, e se não fora a mania dos grafitti, constituiriam um espólio maravilhoso nesta cidade.

Hoje no meu caminho para o colégio alemão, onde fui buscar os meus netos no seu último dia de escola, tirei algumas fotos desses portões por onde se vê a folhagem muito verdejante dos jardins.






Algumas casas da Rua Guerra Junqueiro ainda ostentam portões bonitos, mas vê-se que são modernos a imitar os antigos. Algumas casas têm muros tão altos que nem se vêem. O medo dos assaltos é enorme. É o que dá viver-se civilizadamente em pleno século XXI.

Janelas do Porto

É impressionante a variedade de janelas que o Porto nos oferece.
Qualquer ruela com casas apresenta janelas típicas, com encaixe em granito, varandas em ferro forjado, desenhadas, retorcidas, castiças e lindíssimas.



Resolvi cortar as janelas de algumas fotos do Porto que tenho tirado desde 2009.
Ei-las:









É um gosto olhar para estas janelas, tão diferentes daquelas que os prédios novos nos oferecem, todas com vidro duplo, encaixe de alunínio pintado, sem graça, originalidade, nem beleza.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Beach House

Comecei a ouvir esta banda há semanas quando o meu filho mais novo o publicitou na sua páginas de Facebook, onde ele dedica os vídeos às suas numerosas fãs :)).

Eu tb sou fã dele, de modo que procuro ouvir tudo o que ele lá pôe e na maioria dos casos, gosto tanto deste tipo de música que o meu Ipod está cheio dela.

É música com muito instrumental e bastante ritmo, muito boa, por exemplo, para ouvir enquanto faço bicicleta estática ou quando vou à Foz.

Os Beach House são uma banda franco-americana. Eis alguns pormenores sobre eles:

Beach House is a dream pop duo formed in 2004 in Baltimore, Maryland, consisting of French-born Victoria Legrand and Baltimore native Alex Scally.
The group's self-titled debut, Beach House (2006), was critically-acclaimed. This was followed by its second release, Devotion, in 2008. The band released its third studio album, Teen Dream in January of 2010, to critical acclaim and commercial success. Its fourth album, Bloom, was released in 2012 and garnered positive feedback.

Algumas canções são muito belas e entram no nosso ouvido como uma harmonia emocionante. Deixo-vos com duas das que gosto mais.



















 



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Umas horas na cidade



Hoje tive de ir arranjar o cabelo que fica num sítio muito central, o shopping Cidade do Porto. Resolvi ir munida da minha Lumix e experimentar tirar fotos desde que saí de casa até que entrei.








O dia está fosco, a ameaçar chuva e a luz não era muito brilhante, luz do Porto típica, com as árvores muito verdes no cinzento do céu.
 Reparei em pormenores engraçados, as janelas, um skate pousado no banco da paragem do autocarro, um bando de jovens que vinham do botânico com um camaroeiro (?), casas degradadas, espaços que em tempos pululavam de gente e agora parecem vazios, o shopping por dentro - é proibido, mas não resisti - tudo o que faz com que este pedacinho da cidade me seja agradável.
Flores em todo o lado, até no túnel que desce o campo alegre, nas varandas, nos jardinzitos. É o que vale para não morrermos com a crise. As flores no Porto dão-se bem porque de vez em quando cai a morrinha e elas não secam tanto como em Lisboa.

É uma cidade com uma temperatura ideal 20º, sem
vento, menos luminosa que Lisboa, mas muito
 menos quente e cansativa, na minha opinião.

 
 Á volta passei pelo Araujo e sobrinho, loja dos arquitectos, onde vi um grande rebuliço. Estava tudo esplhado pela loja, tinham começado obras e decoração. Têm muita coisa, mas são muito careiros e pouco simpáticos!

terça-feira, 3 de julho de 2012

BRAVA, BRAVISSIMA

Não me canso de gabar estes canais de Música que nos elevam e fazem companhia durante a tarde quando os nossos canais estão a dar baboseiras ou a chorar como carpideiras perante a desgraça alheia.
Hoje já ouvi Mahler, Ravel e agora vejo um programa chamado Mozarts Kugeln, que são aqueles bonbons em forma de bola com o retrato de Mozart.
É um fantástico percurso no rasto de Mozart e sobretudo uma incursão na influência espiritual da sua música em pessoas com graves problemas de depressão. Um dos intervenientes diz que se quis suicidar seis vezes, mas ia a Viena e passava lá algum tempo junto à campa de Mozart ou a ouvir a sua música e tudo parecia diferente.

Também acredito no poder curativo da música, sinto-o nos momentos mais melancólicos da minha vida.

Por isso não compreendo como é que se pode dedicar 24 horas do dia a debitar parvoeiras ou a falar de políticos corruptos, a noticiar discussões ou crimes de faca e alguidar em vez de oferecer às pessoas em casa programas de música clássica, reportagens de concertos, partilha de experiências com músicos, crianças a tocar instrumentos nas escolas, etc.


É abominável esta ideia de que ninguém gosta de ouvir concertos pela TV................mas que de ver futebol já gostam!

Pormenores




Hoje em dia quem tira fotografias, sabe que pode trabalhar com elas como se tivesse uma tesoura na mão. Essa tesoura permite não só cortar o que não interessa, como compor uma outra foto, que não foi tirada pela objectiva, mas que é nossa. É uma nova criação, talvez mais gostosa ainda.



Enquanto ouvia um programa fantastico no Mezzo, dedicado ao maestro Stockowki pelos seus anos 60 anos de carreira, entretive-me a cortar algumas fotos do jardim botanico. Inteiras são mais do dobro, estes são apenas pormenores duma foto grande.



O meu filho costumava dizer que o computador é uma máquina que não precisa de livro, só precisa de experiência, muitas, muitas horas a tentar criar algo de novo e a mexer em teclas.

Aprendi com ele que ousar é uma palavra chave para se conseguir.
 As fotos ficaram mais belas e sobressaem os pormenores, que no meio do arvoredo não se destacam tanto.




O mundo da tecnologia digital não deixa de me surpreender. Para quem tem criatividade e gosto- para além de tempo livre - é um mundo imenso ainda por explorar.


Full Moon


Tirada da varanda com a minha nova Lumix. Tão perfeita....tão romântica.

Fica aqui uma canção linda HEY, MOON. Adoro-a.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Street Dance


Parece um filme para teenagers, para rappers, aqueles que andam nas ruas a saltar e a dançar, contorcionistas de circo, sem eira nem beira.

Nunca gostei muito de rap , nem de hip-hop, mas hoje resolvi ir ver um filme que me fizesse voltar aos meus tempos de adolescente, em que um filme musical me enchia as medidas.

O filme é realizado pela  BBC films e é electrizante. A história é secundária, os intérpretes também quando não estão a dançar. A música é soberba, com um ritmo estonteante, misto de salsa e rap, uma banda sonora que vou tentar gravar, pois cheguei à conclusão de que é disto que preciso para me elevar a moral. Dá-me ganas de dançar sozinha no meio da sala.....:)

Não o vi em 3D porque não era na sessão das 2.10, mas não me importei muito, dado que acho esses filmes um pouco escuro e os flashes da cidade de Paris são lindíssimos. Uma cidade onde terei de voltar em breve, fez-me saudades. Já lá não vou desde os anos 70.

Não aconselho o filme, porque, provavelmente achariam uma parvoeira. O meu filho levou um dos filhos que adora dançar e gostou muito....e a mim soube-me bem. C'est la vie!
 

Momentos sublimes

Hoje fui ao concerto de Verão da Academia de Música A Pauta.



Já é o terceiro ou quarto a que assisto, vendo os meus netos a crescer e a progredir na Música com outros jovens da idade deles , mais novos e mais velhos, todos numa harmonia magnífica, que fascina todos os que estão envolvidos .
O meu neto tocou a solo o Concerto em ré menor de Vivaldi, que já lhe tinha grangeado o 1º Premio no Concurso Capella na categoria de Infantis. Nesse concurso, emprestaram-lhe um violino Capella que ele usará até ao próximo ano.
Objectivamente, verifico que esta criança vive profundamente a música que toca, ele e o instrumento são só um e o som sai com uma pureza e sentimento quase inacreditáveis. Comoveu-me a sua expressão feliz no fim, o seu sorriso, a certeza de que tinha cumprido e gozado o momento em plenitude.

Ouvir musica assim faz bem. Sentia-me nas nuvens.

Mais uma vez deixo aqui a minha homenagem à Pauta, escola exemplar, onde se formam artistas e cidadãos também.

E ofereço-vos mais uma vez o concerto que o meu neto tocou numa versão diferente da anterior: