sexta-feira, 15 de junho de 2012

The social network

Gravei este filme as 19 horas , mas só o vi à 1 da manhã. Fascinante.
Pensava eu que a meio iria adormecer, mas não, vi 135m seguidos e com interesse. O filme tem um ritmo alucinante, digno da velocidade a que as telecomunicações têm evoluído, mas também está bem encadeado e os actores foram bem dirigidos por um realizador muito bom.

Não sabia como tinha aparecido o Facebook, embora já tivesse lido a bio de Mark Zuckerberg, o bilionário mais novo do mundo. Com a sua cara de "nerd" ( marrão), Mark aparece no filme como um filantropo, mais entusiasmado em pôr o mundo todo a conectar e a criar laços do que em fazer fortuna.
Gostei de ver a universidade de Harvard onde passeei das duas vezes em que fui a Boston, os edifícios quase vitorianos, tão antigos, onde ocorrem os grandes milagres das tecnologias.
O mundo ali é diferente, daí que o meu filho agora trabalhe para o MIT em conjunto com a FEUP e sinta necessidade de fazer estágios e investigação constante nesse país. Só lá se sente plenamente realizado e se não se mudou definitivamente foi por causa da família.

 Um filme muito instrutivo e bem realizado. Dois anos depois, o mundo está mesmo ligado entre si e nada faz prever que esta conexão seja quebrada. AMAZING!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Outono prematuro ou verão adiado?

Aqui no Porto cai aquela morrinha típica do S. João, a que chamam as orvalhadas ( lindo nome, só que o orvalho nasce da terra e não cai do céu).


Não há S. João sem este céu igual, cinzentão e esta chuva de molha tolos, que somos todos nós, quer gostemos de bola ou não!!!

Sinto uma Paz que há muito não sentia... e uma adrenalina para trabalhar como há anos não teria.

Passo horas sentada com o laptop, a fazer coisas importantes, como buscar textos, trabalhá-los, preparar os warm-up ( motivação)elaborar questões sobre os mesmos, inventar novos exercícios de vocabulário e gramática, redigir as regras da mesma, propor tarefas inovadoras aos alunos como visionamento de filmes, trabalhos de projecto, jogos pedagógicos, etc.etc. A música tb faz parte, gosto de escolher letras com interesse e cantores actuais, populares entre os adolescentes. mas não demasiado pirosos.
Descubro pela revisão do professor inglês, meu amigo de há 20 anos e que executa tudo primorosamente, que escrevo muitas vezes sem pensar muito e que o exercício pode ser muito criativo mas  inacessível aos alunos e profs...ou fácil demais para este nível, as perguntas por vezes são demasiado capciosas ou espero demais das mentes a que se destina o manual. É um trabalho moroso.

Ontem passei o dia a compilar o dossier de fotos que acompanha cada módulo. Têm de vir num file separado com todas as indicações das páginas respectivas e um pequeno título para não haver trocas. Raras vezes contacto com o paginador, é tudo feito através de emails ou CDs entregues em mão.

Já acabei 1/4 do manual, o que é pouco para os deadlines que nos propusémos, mas tenho esperança de acabar outro tanto no fim do mês. A minha filha e a minha colaboradora vão tb elas desempenhar o seu papel com outros temas.

É espantoso como o mundo mudou em cinco anos - a última vez que fiz o projecto do 11º ano....toda a orgânica da editora é nova, os processos evoluíram, dum estúdio velhinho onde todas as gravações eram feitas numa manhã de sábado, passou-se para um estúdio moderno na editora, onde se grava tudo directamente dos Yotube ou dos cDs, ou os diálogos entre pessoas nativas recrutadas para o efeito. O resultado é bem melhor...

Gosto do que faço e penso que o faço bem. O meu revisor diz que este é um projecto ganhador. Oxalá!!

Aqui vão algumas fotos minhas que escolhi para ilustrar o manual. Foram todas tiradas por mim, o que muito me orgulha. Ainda me lembro de andar de máquina em punho a tirar fotos dos restaurantes ingleses da Praia da Luz, com as suas ementas em Inglês e as horas dos jogos de futebol entre equipas inglesas. Bons tempos:)))

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O encanto do futebol

É massacrante, é chato, é monótono, é desmoralizante, é éticamente reprovável e por vezes, muito injusto para quem trabalha  e se esforça todos os dias a ganhar uma ninharia, os jogos são transmitidos em guerra aberta com as audiências, as pessoas até faltam para poder ver a selecção, diz-se mal, muito mal, todos são treinadores de bancada, todos percebem imenso do assunto, tudo discute no café, compram-se jornais, colam-se posters, fazem-se anúncios, puxa-se pelo patriotismo, pela unidade, pela nacionalidade....é uma autêntica epopeia, que não tem a mínima importância se pensarmos no universo e na galáxias, não tem mesmo importância nenhuma, excepto aquela que cada um lhe dá.

E eu dou...


Nada como abraçar o meu neto ou dar um gimme five ao meu filho, levantar os braços e festejar um golo de Portugal.

É emocionante. Perdoa-se tudo! 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Podias viver sem...manuais?

Ando entusiasmada com o nosso projecto para o 10º ano, mas não falo muito dele aqui pois as paredes têm ouvidos e este é um blogue aberto, mas não convém "entregar o ouro ao bandido" ( salvo seja!!)


Sempre gostei de fazer manuais escolares, muito antes de saber que se podia ganhar bastante dinheiro com a criatividade e competência...e é claro com muita experiência na sala de aula.



Comecei a trabalhar neles com 36 anos, tinha o meu filho mais novo 2 anos. Nem sei como aceitei tal desvario, acho que foi a necessidade de iniciar algo diferente, menos centrado na escola e ao mesmo tempo de criar materiais mais interessantes para os alunos. Tb não foi despiciendo o facto de, na altura, termos de ser nós a criar o layout gráfico da maior parte das páginas, a preto e branco. O primeiro manual, chamado Work it Out era em tamanho A4, o que foi uma sensação no meio editorial, dado que a maioria era mais pequena. Encontrei-o hoje em leilão a partir de 4 euros!!! Os ingleses já nessa altura estavam evoluídos e os manuais usados no Britânico eram todos grandes, cheios de fotos, com papel lisinho, apetecíveis. O nosso a preto e branco não lhes chegava aos calcanhares, mas teve muito sucesso durante anos.

Seguiram-se manuais para o básico. Houve anos em que trabalhei nos dois níveis. Os materiais tinham de ser todos tirados de revistas ou livros, copiados à mão - não havia scanners, nem computadores - e passados à máquina, depois corrigidos por meio de typex ou fita ou inteiramente reescritos. Fazer um só manual e um livro de exrecícios dava uma trabalheira e meses a elaborar.

Hoje em dia - desde 1995 - que o uso da Internet veio revolucionar a elaboração de materiais para o estudo do Inglês.
Sorte a nossa, todos os textos, mensagens, anúncios, música, etc. eram em Inglês e a net pertencia-nos ( a nós que falávamos e ensinávamos essa língua).


Lembro-me do primeiro manual que fiz com uso da net, era para o 12º ano e chamava-se Prime Time. Foi estranho e aliciante procurar textos, entrevistas e informação no computador, escrever em word perfect  e imprimir nuns rolos indescritíveis de papel, que se baralhavam todos:))).
Mas era belo, mesmo sem Youtube, sem radio online, sem jornais, sem grandes fotos - os computadores não comportavam mais que 2Gb ou Mb e iam abaixo à mínima veleidade de os carregar mais. O windows só apareceu mais tarde e o meu filho João é que me ajudou a usá-lo no seu quarto de estudante, onde ele tinha Internet mais barata por se ter candidatado na FEUP a usar a linha RDIS. Mal eu sabia as horas que iria passar naquele quarto, que passou a ser o meu living space depois do meu filho ter ido estudar para a Alemanha em 1996.


Estou agora a trabalhar no capitulo dedicado às tecnologias....poderia escrever um texto em inglês sobre estas memórias e pô-lo lá, mas os alunos eram capazes de não acreditar que a capa do meu primeiro livro foi feita por mim, em cima da minha cama, com pedaços de papel de lustro e fotos de revistas....era um puzzle em fundo preto. Podem ve-lo na foto muito desbotada - mas que embelezei com Picasa -  que encontrei na net. a leilão. Podem comprá-lo e verificar que o digo é verdade:))