segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mar, sempre o mar

Não sei donde me vem este fascínio por pintar o mar.

Como o mar real, as minhas pinturas saem sempre diferentes, o toque do pincel varia, as cores divergem, a areia é mais clara ou mais escura, a água mais azul ou mais verde. Há sempre espuma, pois não concebo mar sem espuma branca, espraiando-se pelo areal...adoro o mar, o cheiro, o barulho das ondas, os barcos, os peixes, a água...

Hoje fiz este quadrinho e ao olhar para ele sinto uma enorme saudade da praia...



Há tempos o meu irmão mais novo deu-me um livro que se chama La Mer e que tem umas 400 fotografias magníficas do mar, todas elas diferentes.
Numa das lombadas vem esta frase:

Sans le train de vagues salées qui centure le planéte, sans leur hourle affolante et douce, que serait la vie, je vous le demande?

Também me pergunto: o que seria viver num local em que não houvesse mar?

Já vivi 4 anos em terras do interior e havia dias em que sentia um aperto, um desejo louco de deixar tudo e ir até à costa. Mas o mar estava a 4 horas de estrada e não havia hipótese de deixar tudo.

Penso que nós somos muito ingratos quando nos queixamos da nossa posição geográfica neste cantinho da Europa...para quê querer a Europa mais perto, se temos o mar todo pela frente?