sábado, 13 de agosto de 2011

O tempo no noooorte




O tempo está inconstante...um nevoeiro cerrado caiu hoje sobre o mar quando o dia prometia ser de verão e os veraneantes ainda estavam no banho em águas frescas, muito frescas para meu gosto, mas convidativas q.b.
Do alto da esplanada, observava-os com uma relativa inveja -  uma das coisas que mais prazer me dava dantes era um banho em Ofir ou em Esposende  com ondas batidas e geladas - enquanto "curtia" eu também mais um bronzeamento tonificante. Entretanto apareceram a minha Amiga Teresa Vieira e o marido, que vinham tomar um café e ali estivémos à conversa durante algum tempo...falámos sobre a Utopia e expliquei as razões da minha desistência. Felizmente, eles compreenderam - sobretudo a Teresa -, que não consigo trabalhar no meio de muitas pessoas, todas com o desejo de socializar, mais do que de pintar.
Tardes de Agosto = preguiça, autocarros sem ninguém, alguns turistas, muito sossego. Uma saltada ao Chinês da Rua Senhora da Luz ( gosto imenso deste nome, não sei porquê, deve ser da palavra LUZ, que ilumina a rua toda:)) Lojas e lojinhas numa rua estreita com casinhas pitorescas da Foz. Abriu uma nova Boulangerie de Paris por ali. No Chinês comprei mais umas telas pequenas quadradas, gosto muito de pintar quadrinhos pequenos quase como se fossem aguarelas. Também gosto de as ter cá para os meus netos fazerem as suas obras de arte, que penduro na parede da cozinha junto à mesa onde tenho os materiais de pintura, para grande "galo" da minha empregada, que gostaria que aquela mesa fosse imaculada, com toalha de cozinha e um cesto com fruta. Infelizmente, é mesmo uma mesa de trabalho artístico:)) e nada mais.

Começou a Liga de futebol e o Benfica empatou. Vi o jogo com o meu filho  e vibrámos com o empate, mauzinhos que somos para o Glorioso, que os meus irmãos tanto amam. Oxalá o FCP ganhe e o campeonato comece já com vencedores do Nooorte!

Find de semana n Nooorte


O tempo está inconstante...um nevoeiro cerrado caiu hoje sobre o mar quando o dia prometia ser de verão e os veraneantes ainda estavam no banho em águas frescas, muito frescas para meu gosto, mas convidativas q.b.

Do alto da esplanada, observava-os com uma relativa inveja -  uma das coisas que mais prazer me dava dantes era um banho em Ofir ou em Esposende  com ondas batidas e geladas - e "curtia" eu também mais um bronzeamento tonificante. Entretanto apareceram a minha Amiga Teresa Vieira e o marido, que vinham tomar um café e ali estivémos à conversa durante algum tempo...

Tardes de Agosto = preguiça, autocarros sem ninguém, alguns turistas, muito sossego. Uma saltada ao Chinês da Rua Senhora da Luz ( gosto imenso deste nome, não sei porquê, deve ser da palavra LUZ, que ilumina a rua toda:)) Lojas e lojinhas numa rua estreita com casinhas pitorescas da Foz. Abriu uma nova Boulangerie de Paris por ali. No Chinês comprei mais umas telas pequenas quadradas, gosto muito de pintar quadrinhos pequenos quase como se fossem aguarelas. Também gosto de as ter cá para os meus netos fazerem as suas obras de arte, que penduro na parede da cozinha junto à mesa onde tenho os materiais de pintura, para grande "galo" da minha empregada, que gostaria que aquela mesa fosse imaculada, com toalha de cozinha e um cesto com fruta. Infelizmente, é mesmo uma mesa de trabalho:))

Coemçou a Liga de futebol e o Bnefica empatou. Vi o jogo com o meu filho  e vibrámos com o empate, mauzinhos que somos para o Glorioso, que os meus irmãos tanto amam. Oxalá o FCP ganhe e o campeonato comece já com vencedores do Nooorte!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mudanças II

Hoje já trabalhei mas um pouco no apartamento que vai ser para o meu filho. Ele foi lá ter, mas estávamos duas pessoas á espera dos homens da água, não valia a pena, mandei-o tratar de coisas que ele tem para fazer.
Antes de a água aparecer estive a pendurar cabides- mais de 30 - que os meus inquilinos ingleses do erasmus em tempos me tinham deixado na garagem, limpei-os com um pano, sem água, e os armários ficaram com bom aspecto. Gosto de ver camisas penduradas e não dobradas, sem vincos. Depois, a água apareceu - uns homens mal encarados deram tres murros na porta e disseram que faltava tubo, que era uma chatice, não sabiam se podiam deixar aquilo pronto...mas finalmente conseguiram arranjá-lo -" Desta vez você teve sorte", disseram à guisa de despedida e ameaça ao entrar no elevador ( são isto funcionários públicos com direito à saúde, habitação, educação (que é dela???) pagos por mim e outros quejandos?) Que gente ordinária e desagradável! Ganharão assim tão pouco?

Que bom, ter água....como sentimos a sua falta quando não a temos! Apetece abrir as torneiras todas só para ouvir o barulho da água a cair....

Já deu para fazer uma limpeza rápida às casas de banho, caldeira, estendal, fogão, etc. Estava tudo bastante bem, mas o pó é sempre infernal nesta cidade....estive depois a tirar os forros de todas as almofadas dos sofás para lavar aqui em casa, têm manchas de humidade por terem estado guardadas na garagem  sem plásticos a protegê-las- mea culpa. Comprei estes sofás para os estudantes ingleses, que me suplicaram comprasse algo barato, pois eles não tinham dinheiro para renda e mobília e eles ali estão a fazer um vistaço....no fim, os meus amigos ingleses ainda  me deixaram umas coisas deles, tapetes rústicos, cabides, copos, um estendal, etc. Foi uma troca simpática...e eles eram correctíssimos, bem mais cuidadosos do que um casal a quem arrendei a casa em 2010 por sete meses e que, como disse, esburacaram a parede toda e fizeram mais alguns estragos, que não repararam. Gente fina é assim....

Por fim vim para casa satisfeita, o sol entrava pelas janelas a jorros - a casa é toda virada a poente, quartos e sala, só apetecia ajoelhar-me a agradecer aos deuses por ter aquela visão da cidade soalheira em mês de Agosto.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mudanças

Sempre gostei de decoração. E de mudanças, coisa que a maior parte das pessoas odeia.
Ainda bem que é assim, pois tive de fazer umas oito mudanças de casa na minha vida. E não sei ainda se não farei mais, canso-me facilmente dos sítios, gosto de conhecer outros locais, outras casas, arquitecturas diferentes e decorações diferentes. Já aqui estou há cinco anos, mas a vontade de mudar de casa é grande:). Não o farei porque estou perto dos meus netos e foi por isso que vim para aqui.

Muitas pessoas não querem mudar nunca, a ideia de tirar uma peça dum lugar ou um móvel dum canto da sala deprime-as. A mim é o contrário. No meu quarto já tive mais de dez quadros diferentes numa das paredes e por cima da minha cama. Quando me farto de olhar para a mesma cena, mudo...compro mobílias em módulos para poder transformar a meu modo. Tenho horror àquelas peças de mobiliário antigo que ficam anos e anos no mesmo local, muito escuros e tristonhos.

Hoje estive no novo/velho apartamento que vai ser do meu filho, na Ramada Alta, à espera do funcionário da EDP, que em 5 minutos ligou a luz, parecia mágico!! É maravilhoso acender os candeeiros, ligar o microndas, ver a caldeira e as luzinhas todas a responderem aos nossos anseios. Mas ainda falta a água - essencial para mim - e o gaz, para ficar tudo ligado.
Também fizémos já uma parte da mudança de mobílias e outras coisas que estavam na garagem individual para o apartamento e a sala já ficou com um aspecto interessante e minimalista como gosto. As almofadas dos sofás estão sujas e vão ter de ser todas lavadas, uma das paredes vai ser pintada por causa dos buracos que os meus inquilinos fizeram para meter uma estante ( sem sequer me pedir licença para a esburacar toda). Ainda não há mesa da sala....mas lá virá.
Adorei estar ali a ver aquela vista fenomenal das janelas da sala, com o mar duma ponta a outra- hoje com neblina cerrada - os prédios caóticos que se construiram nos últimos tempos,  a Casa da Música, qual meteorito caído na Boavista, é quase como ver o Porto de teleférico, com o céu tão perto. Gosto daquela casa, tem luz até ao entardecer e pores do sol todos os dias....mesmo quando há nuvens. Foi lá que tirei fotos dos melhores pores do sol na minha vida.
A tarde fomos a Gaia a uma loja tipo Ikea e comprámos umas estantes, mesa de jantar com cadeiras, frigorífico e máquina de lavar a roupa , tudo do mais barato , mas com gosto. O meu filho pagou tudo a meias comigo, pois ele ganha muito pouco e nem sabe se lá fica por muito tempo.
 É uma sensação óptima, poder ajudar os meus filhos e ao mesmo tempo divertir-me a decorar. O meu filho não sabe muito bem como o fazer e ainda gosta que eu o faça, sei-o bem. Um dia se casar já é diferente.

Foi um dia em cheio. Notei que na Serpa Pinto, há algumas modificações, a confeitaria Nandinha está toda moderna e apinocada, a Farmácia Barreiros foi reconstruida no local e vai ter serviços de clínica privada, há uma CGD mesmo em frente do portão da nossa casa, fizeram um estúdio muito giro dum pardieeiro que havia por ali...a cidade mexe-se e dá sinais de vida, é excelente para quem já há muito lá não vive.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sistema de caracol

Perdi a minha tarde hoje.

Embrulhada na burocracia que é este país e compreendendo - melhor do que a Troika, se calhar, - por que é que ele não avança, nem pode vislumbrar a luz ao fundo do túnel.E ainda há quem seja contra as privatizações, Deus meu!Venham elas!!!

Fui à Loja do Cidadão, que foi construida num local onde 2/3 dos utentes do Porto têm de se deslocar de transporte público, pois não é central, nem perto de coisa nenhuma. Fica longe de tudo. Não contentes com isso, levaram anos a desenhar o projecto do Metro do Porto
para a zona do Estádio do Dragão - o EURO 2004 era super importante e durou um mês, se tanto!- pois os milhões de turistas adeptos de futebol iam precisar duma estação à porta do estádio, coitados, para ver um ou dois jogos que lá se realizaram naquele fatídico mês de Junho. Fatídico porque lá perdemos com a Grécia.
A estação de Metro foi construída a mais dum kilometro da Loja do Cidadão - os milhares de pessoas que lá se deslocam não são adeptas de nada, coitadas, a não ser da necessidade de resolverem os seus problemas com mais celeridade. Antes disso, se ousam ir de Metro, sobem uma rampa com 1km e picos, à torreira do sol. É castigo para não irem chatear a função pública.
Celeridade? É palavra desconhecida dos nossos funcionários públicos, em geral. Dantes eram filas de pessoas que tiravam o seu ticket e esperavam horas infindas nas repartições, agora são as mesmas pessoas, sentadas em bancos, quando os há, a tirar o ticket e a esperar horas infindas na L do C....Diferença? Nenhuma....

Fui com o meu filho fazer contratos de água, gaz e electricidade.

A EDP é privada,
fomos atendidos mal chegámos, a funcionária, toda ela sorrisos para o meu filho que é jovem e cortês, q.b., tratou dos papeis sem grandes demoras, desculpando-se de "qualquer coisinha"...andou no "sistema", descobriu que o meu filho já tinha tido um contrato com a EDP em 1998 ( descoberta brilhante!!! E para que serve saber isso?), tudo contribuiu para conversar mais um pouco e amenizar o encontro. Acabou por marcar as idas dos funcionários lá a casa , cada uma em seu dia diferente, o que obriga a ir para lá e esperar mais duas horas de cada vez, se eles forem pomtuais...

Passámos então para as Águas,
que ainda não foram privatizadas. Tirámos a senha 131, precisamente às 3.45 e lá informavam-nos de que seríamos atendido pelas 16.25. Errado! O nº 124 esteve meia hora a ser atendido, depois o 125 outra meia hora, entretanto uma outra funcionária despachava o 126 e o 127, mas saía do guichet no fim dessa tarefa ( para buscar a criança à ama, provavelmente). Finalmente soou o nº 130, o indivíduo/utente não apareceu ( tinha-se cansado, o coitado, quem é que levará a mal?) e eu disse ao meu filho: que bom, agora somos nós! Errado, outra vez! O funcionário começou a tratar de papeladas várias, com o 130 escarrapachado no ecran, como se estivesse a atender o Homem Invisível. Regressa entretanto a funcionária que se tinha ausentado e toca o nosso número. Até parecia que tinha tocado uma trombone aos meus ouvidos. Nem queria acreditar.
O meu filho já estava com medo que eu tivesse um ataque e disse-me: Eu vou dizer-lhe no fim que isto não pode ser assim:). A menina fez tudo e deu uns papeis ao meu filho para assinar. Certo? Não, errado! O email estava errado e a factura electronica iria esbarrar com esse problema! Toca a fazer tudo de novo, a pedir ajuda ao colega, pois aquilo emperrava, mais impressora, mais fotocópias, mais tempo, menos paciência. Quando tudo terminou, levantei-me, sem um sorriso, nem um obrigada. O meu filho comentou: Sabe quanto tempo aqui estivémos?
Devíamos ter sido atendidos há uma hora....ao que a menina retorquiu com um ar seráfico de quem tem todo o tempo do mundo: Sabe, é o sistema...está lento! 
E ainda bem que não foi de férias, pensei eu.

Sistema de caracol....

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Looking forward

Adoro fazer planos e ansiar por alguma coisa.
Ontem estava numa de evasão, hoje evadi-me em corpo e em alma.
Fui ao Solinca onde estive três horas, uma a perder calorias na bicicleta e na passadeira, outra a almoçar ligeiramente, no jacuzzi onde se está bem e outra a nadar, a fazer exercícios de hidroginastica a minha maneira. Finda a sessão senti-me melhor ainda que enferrujada, pois há 3 semanas que não ia lá e, embora andasse bastante, não é a mesma coisa. O espaço estava desertico, as pessoas simpáticas, não há VIPs, nem dondocas, é um local fantástico para uma pessoa da minha idade se sentir bem.

A Rua António Cardoso continua frondosa, cheia de árvores agora mais frescas depois desta chuvinha recente...cheira bem, há menos carros. È Agosto.

Desisti da minha viagem a Paris, pois me pareceu que ia ficar muito cara e optei por ir a Londres,
onde não vou desde 2003, salvo erro. Fui com a minha filha quando ela estava a fazer o mestrado em Leeds, ela veio ter comigo e passámos lá quatro dias. Desta feita sou eu que a vou levar a Stansted, ficamos em Londres durante 4 dias e depois ela segue para Leeds e eu volto para o Porto. É fácil fazer tudo isto porque o aeroporto tem um shuttle de 15 em 15 minutos para o centro de Londres. Consegui marcar um hotelzinho
que fica mais barato do que os hoteis em Lisboa para meu espanto. É de tres *** e situado num local excelente perto dos Kensington Gardens, onde viveu a malograda Diana e vive William agora.
Estou feliz por poder ir viajar para um sítio culturalmente rico, quero aproveitar para ver novas galerias que não conheço, ir ao teatro, ver um musical, etc. Já sei que vou gastar algumas libras nestas andanças, mas acho que preciso dum banho cultural...no Porto, a oferta é pequena e às vezes fico triste porque Lx tem muito mais que ver.
A minha filha tb ficou contente, pois vai ter companhia em parte da viagem e vai ver a sua querida Inglaterra mais uma vez.




domingo, 7 de agosto de 2011

Evasão

Hoje estou em maré de evasão...em casa.

Já fiz tudo o que havia para fazer desde lavar roupa, pendurá-la, lavar a banca da cozinha, por as máquinas da loiça e roupa a funcionar, arrumar roupa, varrer o chão e até pintar um quadrinho.

Pelo meio andei a ver viagens a Paris na Internet, mas é tudo caríssimo e não me apetece gastar uma fortuna para ir a uma cidade turistica em Agosto, vou deixar para mais tarde, talvez Setembro.
Os meus netos vão amanhã embora e sei que vou sentir a falta deles, mas não quero despedir-me, detesto dizer adeus, disse demasiados adeuses na minha vida, deixaram marcas profundas... porque de cada vez que os digo, vai-se um pouco da minha alegria, fica o nó na garganta e este leva tempo a desatar.

Sinto a angústia dos meses de Verão...aquelas tardes enormes, que são maravilhosas junto à praia, mas na cidade às vezes longas demais. Da minha varanda só vejo verde, árvores frondosas, cheias de folhas, lindas e viçosas, contra um céu azul bem português...o postal ilustrado que nos revela. Hoje até se ouvem os sinos do Lordelo, sinal de que não há ruído de carros no campo alegre. Parece que estamos mesmo no campo...

E porquê este desejo de evasão, que um amigo meu dizia que era "marca indelével da minha personalidade"?!

Não sei. Amanhã será um novo dia.

AZUIS

Há mares azuis
por dentro das tardes quentes:
e, no fundo,
passe o vento que passar,
não pára a vida de ser
praia doce onde ancorar...
por dentro das tardes quentes
há azuis onde poisar.


Luso-Poemas