sábado, 18 de junho de 2011

Quatro da manhã


E não consigo dormir...

Oiço uns indivíduos a falar do novo governo na SIC N. Vão do tom mais optimista ao mais pessimista, falam bem, com clareza, como se soubessem tudo. Mas será que sabem?
Gosto deste novo governo, são jovens, activos, têm currículos excepcionais, competentes nas suas áreas, têm intenções sérias ( se não, não deixavam as suas profissões bem remuneradas para se queimarem num governo ), querem encontrar soluções nesta situação desgraçada a que chegámos.Penso que são honestos, quero crer que vão fazer o seu melhor, assim o povo o queira e deixe.Mas imediatamente se ouvem críticas ridículas da oposição, que nem sequer ainda sabem o que eles vão fazer. Porque é que a nossa Oposição é tão mesquinha e invejosa, sempre me surpreendeu que não houvesse nem um pingo de solidariedade na Assembliea que é escolhida pelo Povo, afinal.

"Este país tem enormes dificuldades em cumprir os seus compromissos", diz-se. Mas temos de os cumprir para não irmos ao fundo. Terrível responsabilidade a nossa.

Oiço música que condiz com o Povo que somos....chama-se WEEPING SONG ( canção do choro) e vem a propósito. É um coro tradicional...cantado por Nick Cave.



Go son, go down to the water
And see the women weeping there
Then go up into the mountains
The men, they are weeping too

Father, why are all the women weeping?
They are weeping for their men
Then why are all the men there weeping?
They are weeping back at them

This is a weeping song
A song in which to weep
While all the men and women sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long

Father, why are all the children weeping?
They are merely crying son
O, are they merely crying, father?
Yes, true weeping is yet to come

This is a weeping song
A song in which to weep
While all the men and women sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long

O father tell me, are you weeping?
Your face seems wet to touch
O then I'm so sorry, father
I never thought I hurt you so much

This is a weeping song
A song in which to weep
While we rock ourselves to sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long



Nick Cave

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mitsuko Ushida

Ligo para o Mezzo, depois de ter pendurado roupa, arrumado roupa, dobrado roupa....enfim tratado do que é meu e que urge meter nas gavetas ou nos armários.Tarefa pouco interessante, para não dizer entediante. Sento-me na sala e ligo a TV - MEZZO, claro.
Petrifico ao ouvir os acordes de piano, algo conhecido, tão querido aos meus ouvidos que imediatamente carrego no som e olho para as imagens para ver quem me adoça assim este pedaço da tarde.
É ela, a espantosa pianista Mitsuko Ushida que ouvi há dois anos aqui na Casa da Música a tocar sonatas de Beethoven duma forma arrebatadora. Toca o Concerto nº 4 de Beethoven, o preferido do meu Pai, que ele ouvia vezes sem conta. Esta artista é única, espantosa, que me dera que voltasse ao Porto. Naquela tarde, a plateia rendeu-se , todos aplaudiram de pé. Expansiva e temperamental, uma figura eloquente ao piano.Mitsuko Ushida, um nome que nunca mais se esquece.

Obrigada pela oferta, Mezzo...já ganhei o dia.

Aqui fica um excerto do concerto:

Mais uma princezinha

nasceu na minha família. É já da 4ª geração. Impressionante.
Dos meus Pais nasceram oito filhos, desses geraram-se 21 netos, que por sua vez já tiveram 27 filhos, sendo este bébé o 28º. Já lhes perdi a conta aos nomes e então datas de nascimento, só indo ao blogue da família verificar.
Já há coincidências várias nas datas de aniversários. No dia dos meus anos fazem anos mais dois sobrinhos, um em Lisboa, outra em Coimbra e eu no Porto. Não dá para festejar em conjunto:)
Há os loiros, tipo nórdico, há os morenos tipo indiano, há de olhos azuis enormes, os mais expressivos e menos expressivos. Têm um ar feliz, quando os vemos nas poucas festas de família.
Uma coisa é certa, são sinal de VIDA e de certeza. Os meus pais, lá onde estão, devem apreciar esta prole com desvanecimento. Eles merecem ser recordados, mais do que ninguém. Viveram dum modo ímpar. E criaram uma grande Família. Que irá prolongar-se para o Futuro.

terça-feira, 14 de junho de 2011

REGRESSO A CASA

Fui cedo para o aeroporto. Cheguei com tres horas de antecedência, é o que dá aproveitar as boleias...sou pobre e mal agradecida, diriam os mais exigentes,mas não me aborreci, nem um minuto. É giro poder usar o laptop num espaço tão grande e ver tudo o que se passa...tirar fotos coloridas, gozar daquela lufa-lufa calma, num aeroporto pequeno e simpático, que existe para proporcionar férias a muitos cidadãos estrangeiros, mais que a portugueses.Oiço o altifalante chamar os passageiros para um voo que segue para Leeds. Apetece-me loucamente meter-me nele e ir ver a minha querida filha, mas não dá. Durante uma hora, oito aviões despejam turistas no nosso cantinho paradisíaco, vê-se gente bronzeada, com mochilas, sacos, malas, bébés, pastas ( poucas), mas sobretudo com um sorriso feliz nos lábios. A vida é bela, parecem dizer. Lá se esquece a crise por uns dias, o sol é meigo, o mar amigo. Nestes dias, nem ondas havia, a água parecia quase parada tal era a calmaria.

A praia da Luz foi sempre um local amigo das famílias e com a Ryanair, mais e mais virão. O caso Maddie já passou, nada na Luz nos fala dela, a igreja está aberta quase todo o dia, vêem-se muitos ingleses a entrar, talvez a rezar pela menina, mas é assunto encerrado, a vida continua.
A vila evolue, vão-se abrindo novos locais, restaurantes passam de gerencia em gerencia, por vezes é pena pois há recordações perenes de sabores tradicionais que não podemos voltar a ter.
Uma semana nesta praia chega para revitalizar qualquer um,
mesmo com crianças cansativas, tempo menos quente ou menos dinheiro. A areia voltou este ano, a praia e prainha estão enormes, os caminhos estão limpos e tratados, vê-se que há vida para lá das férias...

LUAR na LUZ



Ainda não era lua cheia....mas já havia luar. E que lindo estava.

Estive a admirar a paz que aquela visão me transmite....a foto diz tudo.

Fica aqui a sonata ao luar....3º andamento....em homenagem ao meu filho João que a toca.

LUAR na LUZ


Ainda não era lua cheia....mas já havia luar. E que lindo estava.

Estive a admirar a paz que aquela visão me transmite....a foto diz tudo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LAGOS - a cidade azul

Tudo é azul e branco em Lagos...o mar dum azul profundo, lindíssimo, o céu doutro azul mais claro, mas imenso e sem uma nuvem. A baía , extensa e luminosa, com barcos e barquinhos, alguns quase só para uma pessoa, outros enormes, tipo batelões e depois a marina cheia de iates dos ainda ricos que existem em Portugal.

Fui levar o meu filho à estação de camionetas e aproveitei para comer um D. Rodrigo - apenas um, que a dieta não perdoa - e depois passear pela cidade. Encontrei um cabeleireiro, entrei e resolvi cuidar de mim. Todas as empregadas eram ucranianas, pareciam falar português, mas não se percebia nada. Foi bom, não foi barato, mas o penteado favoreceu-me, que bem precisada estava depois destes banhos todos.
Lagos continua cheia de vida, o seu D. Sebastião, estátua de Cutileiro,perdido no meio da praça, pessoas em todo o lado, lojas com preços óptimos. Comprei seis T-shirts de algodão para os netos e sobrinhos e ainda um casaquinho para mim tudo por 60 euros...já lá vai o tempo em que aqui era tudo caro.
Vim para casa de camioneta EVA, com os miudos do liceu todos bronzeados e bonitos, a falar à algarvia. Achei graça ao percurso e tirei fotos da camioneta.

É tão bom andar sozinha, cada vez gosto mais de ter o tempo para mim, poder fazer o que me apetece e não dar satisfações a ninguém.

Em casa festejámos o primeiro ano dos meus sobrinhos, fiz caril de frango e comemos bolo de cenoura feito pelo pai das crianças, que é uma joia. Os meninos apagaram a sua primeira vela e gostaram do bolo. Com papas e bolos....hoje dormem melhor.

LAGOS - a cidade azul





Tudo é azul e branco em Lagos...o mar dum azul profundo, lindíssimo, o céu doutro azul mais claro, mas imenso e sem uma nuvem. A baía , extensa e luminosa, com barcos e barquinhos, alguns quase só para uma pessoa, outros enormes, tipo batelões e depois a marina cheia de iates dos ainda ricos que existem em Portugal.

Fui levar o meu filho à estação de camionetas e aproveitei para comer um D. Rodrigo - apenas um, que a dieta não perdoa - e depois passear pela cidade. Encontrei um cabeleireiro, entrei e resolvi cuidar de mim. Todas as empregadas eram ucranianas, pareciam falar português, mas não se percebia nada. Foi bom, não foi barato, mas o penteado favoreceu-me, que bem precisada estava depois destes banhos todos.
Lagos continua cheia de vida, o seu D. Sebastião, estátua de Cutileiro,perdido no meio da praça, pessoas em todo o lado, lojas com preços óptimos. Comprei seis T-shirts de algodão para os netos e sobrinhos e ainda um casaquinho para mim tudo por 60 euros...já lá vai o tempo em que aqui era tudo caro.
Vim para casa de camioneta EVA, com os miudos do liceu todos bronzeados e bonitos, a falar à algarvia. Achei graça ao percurso e tirei fotos da camioneta.

É tão bom andar sozinha, cada vez gosto mais de ter o tempo para mim, poder fazer o que me apetece e não dar satisfações a ninguém.

Em casa festejámos o primeiro ano dos meus sobrinhos, fiz caril de frango e comemos bolo de cenoura feito pelo pai das crianças, que é uma joia. Os meninos apagaram a sua primeira vela e gostaram do bolo. Com papas e bolos....hoje dormem melhor.

LAGOS - a cidade azul

Tudo é azul e branco em Lagos...o mar dum azul profundo, lindíssimo, o céu doutro azul

domingo, 12 de junho de 2011

Manhã gloriosa



É Domingo. Acordo ao som do choro intermitente dos meu sobrinhos, que fazem coro à vez para solicitar a atenção da mãe, gémeos será algo muito interessante para os de fora, para os pais um tormento. Tenho vários na família e não me parece que seja fácil....

Não há pinga de vento. o mar um azul imenso. Pelos caminhos, flores e flores silvestres, caninhas leves, bolinhas de penugem, que surgem da pedra, da terra, do nada. É um local onde tudo cresce e verdeja. As bungavílias ainda não estão no máximo.

Os pássaros nunca se cansam, há sempre chilreios por aqui, sobretudo no grande pinheiro da casa dos vizinhos que se abre frondoso e cheio de pinhas. O sol queima, mas apetece.
Vou dar uma volta pela estrada do Burgau....a pé.

Até logo.


O passeio foi excepcional. Percorri a rua da Calheta, a minha rua até ela perder o asfalto e ficar apenas um caminho por cima das falésias com uma vista espectacular. A minha máquina está com um problema, mas tirei fotos com o ITouch e ficaram bem bonitas.