sábado, 30 de outubro de 2010

Blue trees


Quando somos crianças aprendemos a pintar a paisagem das cores mais tradicionais, os campos são verdes, os montes castanhos, o céu azul com nuvens brancas, o sol amarelo, a lua branca ou azulada, o mar azul-verde, a areia amarela, as flores vermelhas, laranjas ou rosas, os caules verde claro, as casas brancas com telhados vermelhos e portas castanhas.

É assim que muitos professores e adultos conduzem os miudos a um mundo policromático, mas limitado e formal.

Quando era professora de inglês divertia-me a usar fotocópias de quadros modernos, em que as cores eram arbitrárias - David Hockney, por exemplo, tem quadros com cores "inventadas" e Matisse usa muitas cores diferentes para pintar pessoas. Os alunos tinham de sugerir as cores dos elementos do quadro e no fim viam o verdadeiro em transparência. O efeito e a motivação, para além do interesse cultural da actividade são óbvios. Falavam em inglês durante a aula toda.

Hoje fiz um quadro que nada tem de tradicional nas cores que escolhi. Mais uma vez escolhi o tema árvores...

Joyce Meyers - Flowers


Joyce Meyers é uma artista que expôe frequentemente no Reino Unido.
Após uma experiência de trabalho como ilustradora de moda em Londres, enveredou pelo restauro de pintura , trabalhando nesse metier na Meyers Gallery e para clientes privados. Os seus locais preferidos para pintura de paisagens são a Toscânia, Maiorca e sul de Espanha.

As sua obras estão à venda na web, mas não são o que se pode apelidar de comerciais. São leves e belas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bach - Concertos Brandeburgueses



Hoje o Mezzo dedicou parte da tarde à transmissão dos seis Concertos Brandeburgueses tocados por vários ensembles de música barroca com instrumentos da época. Um esplendor do barroco. O ritmo, a melodia, a harmonia e o gosto com que tocam encantaram-me. Gosto em especial dos Concertos 2 e 4, que têm mais intervenções dos sopros- flautas barrocas e de bisel. O ambiente da sala é simples, verde clara e beige, o que transmite verdadeira paz.
Hoje não fui ao atelier, não me sentia inspirada nem para pintar, nem para conviver; tenho tido fisioterapia todos os dias e ando com imensas dores nos braços e costas devido ao tratamento em si e tb à artrose que me aflige. Estar aqui a ouvir esta música tocada só para mim é um privilégio.

Vai aqui um dos meus andamentos preferidos do Concerto nº 4:

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Viajando pela nossa terra


Hoje tive de me deslocar a Lisboa. Fui e vim no espaço de 7 horas, o que é quase incrível.
Mas deu para contemplar e ouvir música, momentos inegualáveis de prazer que não dispenso.



As fotos falam por si....e a música que escolhi também.

Esta é uma das peças que ouvi no comboio e que me levou ao passado, aos dias em que o meu filho tocava esta peça na sua flauta, em concertos, acompanhado duma amiga de longa data...a Dança dos Espíritos de Gluck.. É uma música duma tristeza infinita mas de uma beleza ímpar. As duas meninas prometem.

domingo, 24 de outubro de 2010

PARENTHOOD- relações familiares

Comecei a ver esta série da FOX LIFE há duas semanas e gostei bastante do primeiro episódio. Gostei tanto que resolvi fazer o download da primeira temporada toda, que consta de 13 episódios.
Já vou no 6º e continuo a gostar, embora possa parecer um pouco cliché por vezes e retrate o típico american way of life, cheio de problemas que se solucionam ao fim de dois episódios e que pode cansar depois de algum tempo. Alguns actores são excelentes e conhecidos de outras séries como Peter Krause - o Nate de Six Feet Under ( Sete palmos de Terra), uma das melhores séries sobre a família que vi na minha vida, Monika Potter, a mãe de Mãe e Filha, que faz um papel totalmente diferente e bastante real.
O conflito de gerações, a solidariedade entre irmãos, os problemas pessoais, os namoros, a deficiência ( autismo) duma criança, a paternidade vs maternidade, a escola, o basebol. são temas actuais e quanto a mim, tratados com delicadeza, ainda que sempre adocicados à americana. Vale a pena ver.

Segundo o meu filho mais velho que começou a ver a série e não gostou, ela tem um defeito: é demasiado real e por isso inquieta quem tem filhos !

Um aparte: ontem resolvi ver parte do último episódio da telenovela Meu Amor na TVI só por curiosidade e fiquei embasbacada com a pobreza geral da série. São os actores que exageram até mais não, ultradramáticos e sem qualquer naturalidade, a história que é uma pepineira a imitar as telenovelas brasileiras, sem pinga de humor, diálogos chatos, lentos, rastejantes, mesmo. Pensar que grande parte da população vê três destas novelas todas as noites é mau de mais! Não admira que o grau de exigência seja cada vez mais baixo e as crianças fiquem estupidificadas desde que começam a ver os Morangos Com Açucar, um atestado à inteligência dos nossos adolescentes.