sábado, 15 de maio de 2010

Alasdair Roberts

É um cantor pouco conhecido , embora tenha estado há pouco tempo na Aula Magna de Lisboa. É escocês e canta música inspirada em canções tradicionais, muito sentidas e com aquele sabor céltico que perdura para além dos rocks e pops que por aí se propagam sem qualquer valor.

Mandei vir dois CDs pela Aamazon para o meu filho que termina hoje os exames escritos para o CEJ, se Deus quiser, e gostei muito de ouvir este tipo de baladas, de modo que as ponho aqui para quem quiser desfrutar dum tipo de música menos convencional.As letras são sempre um pouco herméticas, ao estilo medieval, com a Morte e a Vida em constante sobressalto.Esta canção chama-se Farewell sorrows ( dores do adeus)


Raise me high, raise me high,
That I may see my fallen kindred seated.
Who met with death upon the battlefield,
Who, in the end, fell and were defeated.

And the way they were tricked by death,
Betrayed, betrayed, leveled and mistreated.
I've stuck a knife in a man for less,
But Death is not so easily defeated.

And you can pray, pray and pray for Life.
But know my friend, my dearest friend, please know this,
That Life is but Death's own right-hand man.
In every piece of his own left-hand business.

So, arm in arm, we'll run toward those two
And, we as they, join them double-threaded
And, arms flung wide, we'll run towards those two
And never fear that which once we dreaded.


[ Farewell Sorrow Lyrics on http://www.lyricsmania.com/

Tradução livre duma quadra :

E bem podes rezar, rezar, rezar pela tua Vida
Mas fica ciente, meu amigo, meu querido amigo,
De que a Vida não é mais que o braço direito da Morte
movendo-se em todos os meandros da sua sinistra empresa.

Gloomy !!! :)))

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Casario do Porto - Foto de Pedro Freire de Almeida. Pintura minha



A fotografia que consta deste conjunto é mais uma obra de arte do meu amigo Pedro, que escreveu um texto a acompanhá-la. Penso que é possível lê-lo clicando na foto. Espero que sim, porque é este o processo narrativo das PortoGrafia, exposição donde foi extraída esta fotografia.

A tentação foi grande e ontem resolvi pintar o casario, convencida de que não ia dar muito trabalho. Já uma vez, afinal, tinha pintado um quadro muito maior do casario da Ribeira a pastel de óleo, quadro esse que ofereci à minha nora que é tripeira. Enganei-me, deu-me mais trabalho do que parece, talvez por ter sido desenhado à vista e sem qualquer cópia por cima, como fazem no atelier. As proporções têm de ser bem estudadas, de modo a que fiquem esteticamente bem.


Esta é aúltima versão, um pouco diferente da anterior

Não desgosto. Espero que o Pedro ache graça....

Bom fim de semana!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

NADIR AFONSO



Completa este ano 90 anos, um dos maiores pintores portugueses, que tive o prazer de conhecer pessoalmente quando vivi em Chaves, em 1977-79.
A sua biografia é concludente, a sua obra inimitável. Este ano comprei um livro sobre o Porto só com pinturas feitas por Nadir e encantam-me.


Vai aqui uma pequena homenagem a este pintor de Chaves, que se formou na ESBAP - Escola Superior de Belas Artes do Porto, se internacionalizou em Paris e no Brasil, sendo conhecido mundialmente tanto na arquitectura como na pintura.

Da Wikipédia:

Nadir Afonso (Chaves, 1920) é um arquitecto e pintor português.
Diplomou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.
Realiza as primeiras exposições como aluno da Escola de Belas-Artes participando em todas as exposições do Grupo dos Independentes até 1946.
Em 1946, estuda pintura na École des Beaux-Arts em Paris, e obtém por intermédio de Portinari uma bolsa de estudo do governo francês e até 1948 e em 1951 foi colaborador do arquitecto Le Corbusier, tendo se servido por algum tempo do atelier Ferdinand Léger.
De 1952 a 1954, trabalhou no Brasil com o arquitecto Oscar Niemeyer.
Nesse ano, regressou a Paris, retomando contacto com os artistas orientados na procura da arte cinética, desenvolvendo os estudos sobre pintura que denomina "Espacillimité".
Na vanguarda da arte mundial, expõe, em 1958, no Salon des Réalités Nouvelles, o trabalho "espacillimités", animado de movimento.
Em 1965, Nadir Afonso abandona definitivamente a arquitectura; consciente da sua inadaptação social, refugia-se pouco a pouco num grande isolamento e acentua o rumo da sua vida exclusivamente dedicado à criação da sua obra.
Em Janeiro de 2009 foi apresentado em Chaves o projecto da autoria de Siza Vieira da sede da Fundação Nadir Afonso, um empreendimento orçado em 8,5 milhões de euros e que deverá abrir ao público em 2011.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Porto ( fotografado por Pedro Freire de Almeida) e pintado por mim



Há dias pus aqui uma entrada sobre o meu amigo Pedro Freire de Almeida. As suas fotografias que estão agora em exposição no Vivacidade - PORTO GRAFIA - encantarm-me, não só porque falam dos aspectos menos turísticos da cidade, mas também porque ele as manipula de modo a parecerem ilustrações.

Esse facto despertou em mim uma vontade enorme de pintar, inspirada por uma das suas fotos, que é quase uma ilustração de BD, quase preto e branco...

Foi este o resultado:

A foto é muito mais estilizada,como podem verificar, mas foi muito interessante pintá-la a acrílico no atelier e depois em casa.

E agora tenho de ir dormir...são 3 da manhã.;)

terça-feira, 11 de maio de 2010

PREGÕES do Porto

Lembro-me com saudades dos pregões de Lisboa, que o meu Pai imitava quando se sentia com alma lisboeta. Acrescentava sempre que qualquer dia comporia uma ópera dedicada aos pregões - em especial ao dos ananazes que teria ouvido em jovem na Rua S. João da Mata, onde vivera. Mas mesmo no Restelo, onde morávamos, vinham muitos vendedores à porta , gritando pelo camarão fresquinho, a pescada a saltar; lembro-me do amolador de facas e tesouras com o seu assobio sonoro, as castanhas, as batatas fritas da praia de Carcavelos, os robertos, etc. Fazem parte da nossa infância e agora já quase se não ouvem.

Tive a sorte de ouvir os do Porto na voz de Lourdes dos Anjos no Espaço Vivacidade há dias e sugeri que os pusessem no Youtube para que todos pudessem relembrar os velhos pregões da cidade e também admirar a verve e emoção da declamadora que se deixa embalar pelo ritmo do seu próprio texto.

Aqui estão. Tenham paciência de os ouvir até ao fim. Vale a pena.....e quem sabe voltarão à vossa meninice.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

SPASO ZEN - EXPO COR EM MOVIMENTO

Foi hoje o 3º aniversário do Spazo Zen -Wellness and Beauty - como já escrevi um local onde nos sentimos bem - onde a frase "mens sana e corpore sano" tem significado. Só o frequento para tratar do cabelo, pois não sei fazê-lo em casa e esporadicamente vou a uma massagem quando tenho as costas demasiado doridas.Por vezes a minha amiga Sónia oferece-me uns mimos:)


Há tempos propuseram-me fazer uma expo nesse espaço, que é muito bem decorado, todo em tons de preto e branco, toalhas, aquários, flores, tapetes, armários a condizer. Espelhos por todo o lado como é usual em salões de beleza. Lá dentro há salas de massagem, jacuzzi, salinha de chá e meditação. Tudo muito ZEN!
Onde caberiam os quadros?, perguntei-me. Mas couberam.







A festa foi muito bonita, o meu neto tocou quatro peças sozinho e acompanhado da Mãe, houve bolo, bolachas excelentes (ZEN?), chá de frutos tropicais.Conheci duas pintoras e outras pessoas interessantes e agradeço às duas promotoras desta iniciativa, Sónia e Pureza o prazer que me deram - e continuam a dar - ao ver os meus quadros a decorar um espaço tão bonito esteticamente.

Tirei umas fotos, sem muita luz.Mas aqui vão.

domingo, 9 de maio de 2010

Dança- Local Geographic - CCB Lisboa



Não tenho dado grande importância aos eventos realizados na capital, porque vivendo no Porto, me centralizo mais naquilo que se passa nesta cidade. Mas hoje, resolvi dedicar esta Entrada a uma amiga minha que adora a dança, e felicitar simultaneamente a "minha" cidade, que vai ter após 5 anos de jejum a festa do campeão da LIGA de futebol. Antecipadamente lhes desejo felicidades para o jogo do título.



Do Público : Cartaz do Lazer
A terceira e última criação de Rui Horta enquanto artista associado da temporada do Centro Cultural de Belém. Uma reflexão sobre a identidade, um estudo de uma "geografia pessoal" que passa pelo corpo como ferramenta de descoberta do mundo. De 11 a 16 de Maio.

"Tinha-me habituado, a todas as semanas, pegar na minha bicicleta e descobrir um novo trilho e uma nova paisagem. Habitualmente, partia de manhã cedo e regressava antes do meu dia verdadeiramente começar. Era como que um prólogo para uma rotina anunciada. Às vezes perdia-me..."

Segundo o coreógrafo, há quem vá para a Namíbia ou para o Tibete para perder-se (e, com isso gaste imenso dinheiro...). E há quem se perca ao virar da esquina, quase à porta de casa. Para qualquer criador a dúvida, a perda e o risco são a própria matéria da construção da obra, com o qual convivem no dia-a-dia: a investigação, a experimentação.
Das três obras que criou para o CCB, enquanto artista associado nesta temporada, esta é para Rui Horta, a mais narrativa e também a mais pessoal. Um discurso sobre a busca da identidade, nos antípodas do plausível, na fronteira da ironia. Só podia ser feita por ele e para ele mesmo, ou para um intérprete com o qual tenha partilhado um sem número de aventuras criativas ao longo de dezoito anos, o actor, bailarino e intérprete multifacetado Anton Skrzypiciel.

Além de Skrzypiciel, para esta obra Rui Horta faz-se acompanhar dos seus cúmplices habituais, o compositor Tiago Cerqueira, o actor/ encenador Tiago Rodrigues e o designer de multimédia Guilherme Martins.

PÚBLICO